Energia Sustentável do Brasil entrega oito escolas em Terras Indígenas

A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina
Hidrelétrica (UHE) Jirau, entregou para a Secretaria da Educação de Rondônia
(SEDUC) oito escolas nas Terras Indígenas (TIs) Igarapé Lage e Igarapé
Ribeirão, em Nova Mamoré e Guajará Mirim. Tais entregas atendem às
recomendações da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em interface com o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA).
A UHE Jirau não impacta nenhuma Terra Indígena. A distância da Usina
até as Terras Indígenas Igarapé Lage e Igarapé Ribeirão, por exemplo, é de 130
quilômetros e 108 quilômetros, respectivamente. No entanto, a entrega das
escolas traz benefícios e cumpre com as ações estabelecidas no âmbito do
Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, desenvolvido pela ESBR.
As escolas atenderão alunos do ensino fundamental e médio e foram
equipadas com laboratório de informática, cozinha, refeitório, além de
alojamentos para os professores. As construções fazem parte do Acordo de
Cooperação firmado entre a ESBR e a SEDUC, responsável pela educação
escolar indígena em Rondônia. Na maioria das aldeias, as antigas escolas eram
pequenas cabanas de palha construídas pelos próprios indígenas, onde em dias
de chuva ou muito calor não era possível ter aulas.
Segundo o Arquiteto da SEDUC, Clébio Ribeiro, os projetos arquitetônicos
foram elaborados com uma projeção de atendimento às TIs nos próximos dez
anos. “Todas as obras ficaram bem feitas, atendem à comunidade
tranquilamente, assim como os alojamentos atenderão aos professores que
trabalharão nas aldeias”, afirma.
Para o Cacique da Aldeia Linha 10, Abraão Uruwaram, é uma grande
alegria receber a obra. “A gente não imaginava ter uma escola assim na
Release
16 de outubro de 2018
comunidade. Nem todas as aldeias têm uma construção assim. Faltam palavras
para dizer como estou feliz. Agora é cuidar bem, porque é nosso”, diz Uruwaram.
O Coordenador Civil da ESBR, Claudiney Freitas, conta que a logística foi
um grande desafio para as construções, porque são locais de difícil acesso e
muitas vezes intrafegáveis em alguns períodos do ano, mas com muitos esforços
das equipes conseguimos entregar todas as obras dentro do prazo acordado. “É
uma satisfação muito grande contribuir com a implantação de obras tão
importantes para as crianças indígenas”, concluiu Claudiney.
A Analista de Socioeconomia da ESBR que acompanha o Programa de
Apoio às Comunidades Indígenas, Edielen Matos, destaca a importância destas
obras para o fortalecimento educacional. “É gratificante saber que a UHE Jirau
contribuiu com a educação das comunidades indígenas, considerando que uma
base educacional estruturada pode garantir um futuro melhor com reflexos no
resgate de valores étnicos, culturais e linguísticos”, conclui.